Projeto Terceirão 2010 - Escola Estadual de Ensino Médio João Bento da Costa - Um blog dinâmico destinado aos alunos da Escola JBC como um complemento educacional - "Você é o tanto quanto sabe, se for sábio é capaz de tudo - Obrigado pela visita!!!! Da direção: 3º Ano 4...



Fot's

Para entender a nota do Enem

Written on 17:44:00 by Terceirão JBC

Existe uma nota global do Enem?

Não, o Inep não calcula uma média global de desempenho, apenas apresenta as médias separadamente.
A prova do Enem tem cinco notas: uma para cada área de conhecimento avaliada – Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática –, mais a média da redação. Para o cálculo das médias em cada uma das quatro áreas foi utilizada metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), que busca medir o conhecimento a partir do comportamento observado em testes. No caso da redação, os critérios são os mesmos do Enem tradicional.

Para distribuição das vagas no Sistema de Seleção Unificada, do Ministério da Educação, as instituições vão utilizar o conjunto de notas do Enem seguindo critérios específicos de agregação e peso.

Como é calculada a nota do Enem em TRI

Diferentemente de uma prova comum, a nota do Enem em cada área não representa simplesmente a proporção de questões que o estudante acertou na prova. Em cada uma das quatro áreas avaliadas, a média obtida depende, além do número de questões respondidas corretamente, também da dificuldade das questões que se erra e se acerta, e da consistência das respostas. Por isso, pessoas que acertam o mesmo número absoluto de itens podem obter médias de desempenho distintas.

O que representa a nota

Na escala construída para o Enem, dentro de cada uma das áreas avaliadas, a nota 500 representa a média obtida pelos concluintes do ensino médio que realizaram a prova (excluídos os egressos e treineiros). Portanto, quanto mais distante de 500 for a nota do estudante, para cima, maior o desempenho obtido em relação à média dos participantes. Mesmo raciocínio vale para desempenho menor que 500, que aponta desempenho pior em relação ao obtido pela média.

Escala

Os limites da escala, dentro de cada área, variam conforme o nível de dificuldade das questões da prova e o comportamento dos estudantes em cada questão. Portanto, o mínimo e máximo para cada área avaliada não são pré-fixados.

Na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, a análise TRI apontou que a menor média de proficiência observada foi 263,3. Esse número representa o início da escala para essa área, ou seja, o nível mais baixo de proficiência possível de mensuração pelas questões da prova. A maior proficiência foi 903,2.

Para Ciências Humanas e suas Tecnologias, as notas variam entre 300,0 e 887,0.

Para a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as médias ficam entre 224,3 e 835,6.

No caso de Matemática e suas Tecnologias, as notas vão de 345,9 a 985,1.

ENEM - INSCRIÇÃO A PARTIR DE HOJE 21/06 A 09/07/2010

Written on 17:15:00 by Terceirão JBC

Tire suas Dúvidas
Inscrições

1 - Qual é o período de inscrições para o Enem 2010?

As inscrições para o Enem 2010 vão das 10h do dia 21 de junho até às 23h59 de 9 de julho, observado o horário oficial de Brasília-DF. A inscrição será efetuada exclusivamente via internet, em http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao. As provas serão aplicadas nos dias 6 e 7 de novembro de 2010.

2 - Como se inscrever?

Para se inscrever o interessado deverá preencher o formulário disponível no endereço eletrônico em http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao, adotando os seguintes procedimentos:

- informar os dados pessoais;

- solicitar, quando necessário, atendimento especial ou diferenciado especificados em campo próprio do formulário;

- definir o idioma da sua prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol);

- selecionar o estado e o município onde deseja realizar as provas;

- indicar a pretensão de utilizar os resultados do Enem para fins de certificação de nível médio;

- no caso de uso do Enem para certificação, o inscrito deverá ainda indicar a Secretaria de Estado de Educação ou Instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para o qual deseja enviar seus dados e notas para pleitear certificação;- preencher o questionário socioeconômico, obrigatório para a conclusão da inscrição;

- verificar se o envio dos dados da inscrição foi concluído com sucesso, conferindo as informações prestadas e o número de inscrição fornecido pelo sistema de inscrição;- preencher declaração de carência, para pleitear isenção de taxa de inscrição, ou imprimir Guia de Recolhimento da União – GRU Simples e efetuar o pagamento no valor de R$35,00 em qualquer agência do Banco do Brasil, até a data de vencimento nela apresentada. O pagamento após a data de vencimento implica o cancelamento da inscrição. O Banco do Brasil confirmará o pagamento junto ao Inep. Atenção: a inscrição só será válida após a confirmação do pagamento.

3 - Quem pode participar do Enem?

A participação no Enem é voluntária, destinada aos concluintes, egressos do ensino médio em anos anteriores e àqueles que não tenham concluído o ensino médio e pretendam se certificar.

4 - É recomendável aos alunos que não vão concluir o ensino médio neste ano fazer o Enem 2010 para “treino” nos processos seletivos?

Não. O Ministério da Educação aconselha que os alunos interessados nos futuros processos seletivos prestem o exame no período mais adequado, que é o ano de conclusão do ensino médio. Alunos de outras séries sempre terão oportunidade de se preparar para a prova analisando as edições anteriores do exame, que ficarão disponíveis na página do Inep/MEC imediatamente após sua aplicação.

5 - Quem não foi bem no Enem 2009 terá a chance de fazer outro exame agora?

Sim, o candidato pode fazer o Enem quantas vezes quiser, mesmo que tenha concluído o ensino médio há alguns anos.

6 – Quem poderá pedir atendimento diferenciado no Enem 2010?

Está previsto o atendimento diferenciado para pessoas com deficiência e casos como pessoas que guardam o sábado, mulheres amamentando etc. Inscritos nessas condições deverão adotar os seguintes procedimentos:

- informar, no ato da inscrição, a deficiência reconhecida em laudo médico ou o elemento que motiva o atendimento diferenciado;

- indicar, em campo específico do formulário eletrônico de inscrição, de acordo com as opções apresentadas, o atendimento diferenciado solicitado e o auxílio necessário;

- dispor dos documentos comprobatórios da situação da deficiência ou da situação declarada para atendimento diferenciado;

- estar ciente de que as informações prestadas devem ser exatas e fidedignas, caso contrário poderá responder por crime contra a fé pública, o que acarretará sua eliminação do Enem 2010.

A entidade contratada pelo Inep para realizar o exame entrará em contato com o participante para verificar a viabilidade de atendimento da solicitação até o dia 9 de agosto de 2010.



Após essa data o inscrito deverá verificar na página de acompanhamento da inscrição, em http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao, se sua solicitação será atendida. O Inep se reserva o direito de exigir do participante, a qualquer tempo, documento(s) comprobatório(s) da deficiência ou da necessidade de atendimento diferenciado informados no ato da inscrição. Não será aceita solicitação de atendimento à pessoa com deficiência ou de atendimento diferenciado via postal, via fax ou via correio eletrônico.

7 - Como fazer o acompanhamento da inscrição?

No momento da inscrição o participante receberá um número de inscrição e deverá cadastrar a senha de acesso ao sistema. O número de inscrição e a senha deverão ser mantidos sob guarda do inscrito e são indispensáveis para o acompanhamento do processo de inscrição, para a obtenção dos resultados individuais via Internet e para a inscrição em programas de acesso ao ensino superior, de bolsa de estudos, de financiamento estudantil, entre outros programas governamentais.

8 - Quais documentos são obrigatórios para realizar a inscrição?

Para efetuar a inscrição no Enem 2010, são imprescindíveis o número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o número do documento de identidade. No ato da inscrição, ao digitar o número do documento, o sistema buscará informações do titular na base de dados da Receita Federal. A medida impede que a inscrição seja efetuada com o CPF de outra pessoa.



Considera-se como documento de identidade a cédula de identidade expedida por Secretarias de Segurança Pública, pelas Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Federal, a identidade expedida pelo Ministério das Relações Exteriores para estrangeiros, a identificação fornecida por ordens ou conselhos de classes que por Lei valham como documento de identidade, a Carteira de Trabalho e Previdência Social, o Passaporte e a Carteira Nacional de Habilitação com fotografia, na forma da Lei nº 9.503, de 1997.

Não serão aceitos como documentos de identificação protocolos, Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento, Título Eleitoral, Carteira Nacional de Habilitação em modelo anterior à Lei nº 9.503/97, Carteira de Estudante, crachás e identidade funcional de natureza pública ou privada que não possua fé pública, validade em todo o território nacional e fotografia.

9 - Qual o valor da taxa de inscrição?

Para quem não é isento(alunos de escolas particulares), o valor da taxa é R$35,00 (trinta e cinco reais). O inscrito deverá imprimir a Guia de Recolhimento da União – GRU Simples e efetuar o pagamento da taxa de Inscrição do Enem 2010 em qualquer agência do Banco do Brasil, até a data de vencimento nela apresentada. O pagamento após a data de vencimento implica o cancelamento da inscrição. O Banco do Brasil confirmará o pagamento junto ao Inep.

Atenção: a inscrição só será válida após a confirmação do pagamento feito por meio da Guia de Recolhimento da União – GRU Simples. O valor referente à taxa de inscrição não será devolvido, mesmo com mudança de data de realização do exame ou em razão de pagamento efetuado em duplicidade, exceto no caso de cancelamento da prova.

10 - Quem é isento da taxa de inscrição?

São isentos de pagamento os alunos concluintes do ensino médio na rede pública, em qualquer modalidade de ensino, e aqueles que declararem carência, isto é, declararem ser membros de família de baixa renda ou estarem em situação de vulnerabilidade socioeconômica, nos termos do Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007.

11 – Como solicitar isenção de taxa, por meio de declaração de carência?

Para declarar carência, o participante deverá:

- no ato da inscrição, declarar carência e concordar com os termos da declaração apresentada;

- dispor dos documentos comprobatórios da situação de carência declarada;

- estar ciente de que as informações prestadas na declaração de carência devem ser exatas e fidedignas, caso contrário, poderá responder por crime contra a fé pública, o que acarretará sua eliminação do exame.

O Inep se reserva o direito de exigir, a qualquer tempo, documentos comprobatórios da situação de carência declarada. Não será aceita solicitação de isenção do pagamento da taxa de inscrição via postal, via fax ou via correio eletrônico.

12 – Como obter a confirmação de inscrição?

Após a confirmação do pagamento da inscrição, o Comprovante de Confirmação da Inscrição do participante estará disponível no endereço eletrônico http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao.

O Cartão de Confirmação da Inscrição, contendo o número de inscrição, data, hora e local onde será realizado o Exame e a indicação de atendimento diferenciado, quando for o caso, será enviado, por via postal, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (CORREIOS), para o endereço informado pelo interessado no ato da inscrição e estará disponível na página de acompanhamento da inscrição do Enem 2010.

13 – O inscrito irá receber em casa o questionário socioeconômico do Enem 2010?

Não. Neste ano o questionário socioeconômico estará disponível exclusivamente no sistema de inscrição online, e o preenchimento é obrigatório para a conclusão da inscrição. As informações dos inscritos são indispensáveis, pois permitirão ao Inep traçar um perfil mais preciso dos concluintes do ensino médio, dos egressos e dos demais participantes do Enem 2010.

Gabarito do II Simulado

Written on 13:30:00 by Terceirão JBC

Para acessar ao gabarito do II Simulado do Terceirão Clique Aqui...

*Confira o gabarito completo... Boa Sorte...

Inscrições para a segunda edição do SISU começam nesta quinta-feira (10)

Written on 13:30:00 by Terceirão JBC



As inscrições vão ser feitas pela internet e começam às oito da manhã.

Começa na quinta-feira (10) as inscrições para a segunda edição do Sisu
Os estudantes que fizeram o Enem no ano passado poderão entrar na disputa pelas mais de 16 mil vagas em 35 instituições públicas.
As inscrições vão ser feitas pela internet e começam na quinta-feira, às oito da manhã.
Neste ano terá apenas uma etapa para se inscrever, de 10 até segunda que vem, dia 14. Cada candidato pode escolher dois cursos.

Confira !!! Clique Aqui

A ferrovia Madeira Mamoré

Written on 18:11:00 by Terceirão JBC

A construção da Ferrovia Madeira Mamoré marcou um importante ponto nas relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia. Constitui-se também num elemento definidor da ação Imperialista de potências estrangeiras na região amazônica. A Madeira Mamoré representa um dos marcos da modernidade capitalista liberal nos confins da selva do Madeira.
A construção da EFMM objetivava atender as necessidades de transporte de mercadorias e cargas pelo trecho encachoeirado do Madeira e Mamoré. Deveria facilitar o escoamento da produção de borracha e das exportações bolivianas. A construção da ferrovia atende também ao que foi previsto pelo Tratado de Petrópolis e constituiu-se em um dos elementos decisivos para o impulso do recente processo de migração para a região desencadeada a partir do século XX. Ao longo da ferrovia surgiram diversos núcleos de povoamento e dois munícipios; Porto Velho e Guaiará-Mirim.

'Trabalhharam em suas obras mais de 20.000 operários de diversas nacionalidades. Calcula-se que 6.500 trabalhadores tenham morrido vitimas das doenças tropicais. A obra custou o equivaiente a vinte e oito toneladas de ouro pelo câmbio de 1912. A construção da ferrovia deu a Companhia Madeira Mamoré o direito de exploração das terras que lhe eram adjacentes.

Com a crise da borracha e a retração da economia amazônica EFMM entrou em decadência. Foi nacionalizada em 193 1 e desativada pelo 5° BEC por ordem do Ministério do Interior, em 10 de julho de 1972. Alguns pequenos trechos, no entanto, foram reativados no início da década de 80 para fins turisticos em Porto Velho e Guajará-Mirim durante o governo do Coronel Jorge Teixeira.
1861: Quentin Quevedo a serviço do governo boliviano faz estudos sobre a viabilização. de transportes nos trechos encachoeirados do Madeira e do Mamoré, a Bolívia precisava criar condições satisfatórias para a exportação através do Atlântico, das mercadorias produzidas no Altiplano e nas áreas da Planicie Amazônica. O governo do Amazonas envia João Marfins da Silva Coutinho para efetuar estudos semelhantes na região. Ambos os relatórios apresentam conclusões semelhantes apontando-se para a necessidade de construção de uma ferrovia na região encachoeirada.

A Guerra do Paraguai leva o Estado Brasileiro a enviar um destacamento militar para as selvas do Madeira fixando-se na primeira cachoeira, no povoado de Santo Antônio, garantindo a manutenção e viabilização da rota fluvial do Madeira que possibilitou a comunicação com o Mato Grosso durante o conflito contra Solano Lopes.

1867-1868 o governo de Dom Pedro 11 envia para o vale do Madeira os engenheiros alemães Franzc joscph Keller que realizam estudos para a viabilização de transportes no trecho encachoeirado do Madeira.

1869: George Earl Church obtém concessão do governo boliviano para explorar os transportes entre o Madeira e o Mamoré. Seus planos são modificados para a construção de uma ferrovia pelos vales do Madeira e Mamoré.

1870-1873: Church obtém do governo brasileiro a permissão para construir uma ferrovia no vale do alto Madeira. É criada a Madeira-Mamoré Railway Cornpany Ltd. Chegam a Santo Antônio 25 engenheiros da empreiteira inglesa Publics Works, contratada por Church para as

obras da EFMM. Após ataques indígenas, surtos de febre malária e fome, os engenheiros e os trabalhadores da Publics Works abandonam Santo Antônio e consideram impossível a construção da fecrrovia

1877-1881: Church contrata os serviços da empreiteira norte-americana p & T Collins para a construção da EFMM. Partem da Filadélfia navios, equipamentos, materiais ferroviários, provisões e trabalhadores para Santo Antônio do Madeira. O navio Metrópolis naufraga perdendo 700 Ton. de carga e 80 trabalhadores destinados a ferrovia ( 29 de janeiro de 1878). Ao se inaugurado o primeiro trecho da ferrovia, a locomotiva capota. Crises, atrasos nos pagamentos, doenças tropicais, ataques indígenas e dificuldades ambientais derrotam a P & T Collins que declara falência em 1881.

1882-1884: As expedições Morsing e Júlio Pinkas atuam no vale do alto Madeira.

1903: Em 10 de outubro, é assinado o Tratado de Petrópolis e o Brasil se compromete junto a Bolívia na construção da EFMM.

i905: O Ministério da Indústria e Comércio realiza licitação para a construção da EFMM. O engenheiro carioca Joaquim Catramby vence e repassa os direitos a Percival Farquhar que cria a Madeira Mamoré Railway Company, com sede no Maine/EUA

1907-1912: Construção da EFMM pela empreiteira May, Jekyll and Randolph/Fundação' de Porto Velho/Oswaldo Cruz visita Porto Velho durante uma epidemia de malária e febre amarela/Construção do Hospital da Candelária/O vapor Satélite chega a Santo Antônio do Madeira com uma carga humana de degredados ligados aos movimentos da Revolta da Armada no Rio de Janeiro.

1908: Criado o município e a Comarca de Santo Antônio do Madeira.

1914: Criado o município de Porto Velho.

1915: Instalação do município de Portão Velho tendo como primeiro superintendente o Major Guapindaia
1919: Porto Velho é elevado a categoria de cidade.

1930: Getúlio Vargas assume o poder e o tenente Aluizio Ferreira, delegado do chefe do governo provisório do Amazonas, assume a direção da linha telegráfica de Santo Antônio. Aluizio Ferreira intervém na Madeira Mamoré.

1931: O governo de Getúlio Vargas decreta intervenção federal sobre a EFMM e nomeia Aluizio Ferreira como seu diretor.

1966: O 5° BEC instala-se em Porto Velho e procede à extinção da EFMM em 10 de julho de 1972.

A força de trabalho na construção da E.F.M.M

Para que fosse construída uma ferrovia em plena selva, eram necessários trabalhadores. Na Amazônia do auge do ciclo da borracha todo o insuficiente volume de mão de obra estava alocado na produção do látex, a expansão das zonas de produção era abastecidas pela exploração do silvícola e pelo aliciamento de mão de obra em outras regiões do Brasil, principalmente do nordeste que na Amazônia, preso ao endividamento se via impossibilitado de escolher outra ocupação. Esses fatores dificultavam o recrutamento local de um contingente de trabalhadores que fosse suficiente para a construção da ferrovia e também impossibilitava um fluxo constante de trabalhadores durante toda a fase da construção, para repor as baixas ocasionadas por ataques de indígenas, feras, acidentes de trabalho e, principalmente, pelas doenças epidêmicas da região, previsíveis em face das tentativas anteriores de construção da ferrovia.

Para reunir esse contingente trabalhadores foram recrutados em diversas regiões do pais, notadamente do Nordeste que foram enviados para os Vales do Madeira e Guaporé, além desses houve também a contratação de mão de obra. Esses trabalhadores nacionais e estrangeiros além de atuarem na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, foram utilizados em diversas outras circunstâncias nos seringais, na construção da linha telegráfica Mato Grosso/Amazonas e na demarcação territorial do atual estado de Rondônia.

O grupo de Farqühar tentou, inicialmente, a "importação" (assim era chamado o processo de captação de mão de obra) de trabalhadores espanhóis que haviam servido à construção das estradas de ferro que Cuba. onde algumas concessões pertenciam a este empresário. Contudo a divulgação dos perigos e da insalubridade da região da Madeira-Mamoré teria afugentado esses primeiros trabalhadores.

Então um certo capitão Walter Dudley propôs a idéia de aliciar nativos das colônias inglesas da América Central. A vantagem da atração desse tipo de mão de obra estava em que muitos já haviam adquirido experiência na construção de ferrovias e do canal do Panamá, em sua região de origem. Em segundo lugar, as perspetivas de absorção da força de trabalho nessas colônias eram poucas em face de problemas econômicos ali existentes.

Durante a primeira fase da construção da ferrovia, ainda no século XIX, já se registram a presença dos barbadianos entre os quase mil trabalhadores que embarcaram ramo às selvas de Santo Antônio do Rio Madeira. A presença maciça desses grupos negros caribenhos só se tomou uma força de expressivo destaque nos trabalhos da ferrovia a partir do século XX. Esses operários já haviam sido utilizados com extremo sucesso em outra empreitada de grandes dimensões, a construção do Canal do Panamá. Sua experiência em um ambiente tropical hostil, como as selvas panamenhas, aliadas a seu vigor ~sico e ritmo altamente disciplinado fizeram deles elementos chave do empreendimento.

Além desses, várias outras nacionalidades se fizeram representar no contingente de trabalhadores da ferrovia como: italianos, norte-americanos, ingleses, gregos, hindus, espanhóis, portugueses, recriando na Amazônia o mito bíblico de uma nova babel do imperialismo. Contudo, parecem ter predominado esse conjunto de operários caribenhos. Procedentes de diversas nacionalidades centro-americanas, Barbados, Tfinidad, Jamaica, Santa Lúcia, Martinica, São Vicente, Guianas. Granadas e outras ilhas das Antilhas, esses negros, de formação protestante e idioma inglês eram, de forma geral denominados "barbadianos".

Em meio à euforia da borracha contigentes de operários construíram um dos maiores marcos da modemidade da Amazônia. A legendária Madeira-Mamoré, que interligava os trechos encachoeirados do Madeira ao Mamoré, deveria ser um símbolo. Como representação máxima da tecnologia e da civilização, ela deveria estabelecer e viabilizar as práticas do capitalismo nos ermos do extremo sertão oeste, em pleno mundo encharcado da Amazônia. Palco de um espetáculo audacioso e ao mesmo tempo trágico, os trilhos da E.F.M.M. repousaram sobre as vidas de milhares de operários, que em suas obras vieram trabalhar.


* FONSECA, Dante Ribeiro da & TEIXEIRA, Marco Antônio Domingues.